quinta-feira, 8 de março de 2012

QUEIJO DE OVELHA

Tal como havia dito,vou aqui divulgar produtos da região,e não só,naturais,sem químicos de sintese e com qualidade,sem qualquer outro interesse que não seja a divulgação da excelência daquilo que ainda,alguns meritórios teimosos,vão produzindo.Têm todo o meu apreço e admiração.
Começo pelo queijo de ovelha.

Ao sair da estrada Celorico da Beira-Coimbra em direcção ao Vale da Ribeira encontrei o senhor Agostinho a guardar o rebanho de bordaleiras.Ainda é ele que dá o nome a uma pequena unidade familiar de agricultura biológica.

No meio da aldeia,na perede de granito da casa da família,lá está a placa,mantendo a tradição,com o nome da mãe,a tia Amélia,que ainda vai ajudando como pode,sobretudo com a sua larga experiência de queijeira.




Mas hoje a cabeça já passou para a geração seguinte o filho senhor Luis,aqui em plena laboração espremendo o coalho,feito com ajuda da flor do cardo,de onde vai sair





esta beleza de queijo fresco.







Já a curar na madeira,como deve ser,por aqui fica mais de um mês,virado e lavado com frequência.


É uma maravilha em extinsão.
Não tem ,mesmo nada,nada a ver com o que por aí se vende "de fábrica".

Ainda bem que o Luis não lhe chama "da serra",algum do que por aí anda,com tal nome,não se sabe já de onde é o leite,nem como são alimentados os animais,nem que conservantes,ou outras porcarias, leva.




E cá está o selito,garante que o agricultor já foi expoliado pelo fisco,sim,a qualidade garante,dando a cara e as explicações,abrindo a queijaria e a casa aos compradores,que rapidamente se tornam amigos,o amigo e senhor Luis.



Apoiar e comprar nos pequenos produtores de proximidade é defender a região e o país.


O país não sairá do buraco se não produzir,o resto são tretas.



mário











3 comentários:

  1. Post extremamente meritório.
    Os meus parabéns, ainda para mais, apreciador que sou dos produtos caseiros.
    Abraço Mário.

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  2. Eu que ainda sou do tempo em que não se podia ver o local onde as coisas eram fabricadas, porque aparentemente não havia higiene, mete-me confusão essa limpeza que agora é obrigatória. Só sei que não me lembro de alguém ter brucelose por aqui, a comer os queijinhos frescos, de cabra, com leite não esterilizado ou pasteurizado. E eram uma maravilha. De há uns anos para cá, e com tantos cuidados, sei de muitos casos. Também ouvi dizer que as paredes impermeáveis não são tão boas para a cura do queijo. Mesmo assim ainda bem que resistem algumas queijarias tradicionais :) pena ser longe.

    Hugs

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  3. Se os queijos da "Tia Amélia" chegassem até aqui ou eu pudesse aí ir...

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